30 agosto 2010

Efeito "bola de neve"

Agora que voltei e fiquei a saber que a sra. Ministra da Educação decidiu arrasar de vez com o que restava do ensino nocturno, acabando com o ensino secundário por módulos capitalizáveis, aqui deixo algo, cuja autoria desconheço, que me foi enviado por email.

14 agosto 2010

Aaaahhh!!!


Volto daqui a duas semanas.

12 agosto 2010

Ricardo Araújo Pereira no seu melhor


Revista Visão, hoje:

Portugal é fogo que arde sem se prever

É todos os anos a mesma coisa: chega o verão e começam os incêndios, os jornalistas fazem reportagens em direto à frente das chamas, os bombeiros queixam-se da falta de meios, os comentadores perguntam como é possível que ninguém se tenha lembrado de limpar as florestas e há sempre um parvo que assinala que é todos os anos a mesma coisa. Cada um tem a sua função nesta farsa - e a minha, pelos vistos, é esta.
O aspeto mais intrigante dos incêndios de verão é a aparente surpresa com que acolhemos um fenómeno que é recorrente e pontual. Não há nada mais previsível do que os fogos em agosto, e no entanto continuam a abrir telejornais. Todos os anos Portugal escorrega na mesma casca de banana, e é sempre notícia. Trata-se de uma tradição que sobressalta.
Toda a gente está preparada para a Volta a Portugal em Bicicleta, mas ninguém espera a Volta a Portugal em Carro de Bombeiros, que decorre todos os verões exatamente na mesma altura. Imagino que, nas redações, os jornalistas tenham uma minuta com o modelo da reportagem e as questões que é preciso colocar a populares, bombeiros e ao ministro da Administração Interna. No final de julho, tiram a minuta da gaveta e dirigem-se para onde houver labaredas. O espetador tem a sensação de estar a ver sempre o mesmo jornalista, o mesmo bombeiro, e o mesmo ministro da Administração Interna. Não são reportagens, é uma peça de teatro. E está em cartaz há mais tempo que Te Mostrar em Londres.
JORNALISTA: Estamos aqui em [colocar nome da localidade], onde um violento incêndio está a consumir a floresta e começa a ameaçar algumas casas. Comigo tenho o comandante [nome do bombeiro]. Sr. comandante, qual é o ponto da situação?
BOMBEIRO: Olhe, com os meios que temos estamos a fazer o melhor possível. O batalhão é pequeno e, além disso, precisávamos de mais dois camiões cisterna e dava-nos jeito um helicóptero.
JORNALISTA: Aproveito então para falar com o ministro da tutela, que também tenho junto a mim. Sr. ministro, o que é que está a ser feito para prevenir este desastre?
MINISTRO: Disse desastre? Costuma ser flagelo.
JORNALISTA: Tem razão. Desastre é para as cheias. Peço desculpa. O que é que está a ser feito para prevenir este flagelo?
MINISTRO: Estamos a trabalhar no sentido de criar condições que permitam promover um esforço muito sério com vista a desenvolver mecanismos que conduzam ao reforço das infraestruturas. E recordo que a área ardida este ano é menor que a do ano passado.
JORNALISTA: Obrigado, sr. ministro. Adeus e até para o ano no mesmo sítio e à mesma hora.
E depois cai o pano. Os atores recolhem aos bastidores e a plateia boceja. O incêndio continua a queimar tudo, incluindo o papel onde os responsáveis apontaram que, para o ano, é mesmo necessário limpar as matas. Os únicos metros quadrados que não ardem são aqueles em que as estações de televisão montam o tripé para o jornalista entrevistar os bombeiros e o ministro. O resto costuma desaparecer, até porque Portugal parece ser um país que tem mais pirómanos por metro quadrado do que árvores. A vida também está difícil para eles. A quantidade de pirómanos residentes em território nacional sugere que, no nosso país, aquela máxima sobre a plena realização pessoal foi ligeiramente adaptada. Aqui, ao que parece, só tem uma vida verdadeiramente completa o cidadão que tiver um filho, escrever um livro e queimar uma árvore.

10 agosto 2010

Conhecem?



António Simões na Bienal de Poesia de Silves 2008.

07 agosto 2010

Em coisas como estas é que se pode apreciar...


... as diferentes perspectivas sobre o serviço público e a governação. Uns já foram para o Quénia, outros estão na Suíça...

04 agosto 2010

Um ministro determinado...


... não precisa de fingir que é democrático nem sequer bem-educado. Só precisa de dizer que está bem informado.
E nem Salazar, se fosse vivo, se atreveria a duvidar de tal. Como diria o chefe do bando, perdão! da banda: Eróc faltava...!

03 agosto 2010

Exemplar!


(Ignoro quem seja o autor da foto)

Do país que somos, do país que temos (a ordem dos factores é arbitrária).