31 dezembro 2007

Mentiroooso! Mentiroooso!...


Ontem, no Eixo do Mal da Sic-Notícias, Luís Pedro Nunes (director de O Inimigo Público), com aquele seu modo agitado e truculento, lia a passagem da entrevista ao El País em que José Sócrates declarava haver deixado de fumar e, por isso, ter passado a dedicar-se ao jogging, ao mesmo tempo que mostrava um exemplar do jornal do Parlamento Europeu ou da União Europeia com uma foto do mesmo José Sócrates a fumar, durante uma pausa da recente cimeira com o Brasil.
E o que questionava era algo evidente: se alguém falta à verdade por tão pouco…

30 dezembro 2007

Na mouche!



O PS mantém-se uma associação, mas parece estar a desenvolver-se como uma sociedade anónima de capitais públicos e interesse privado. O PS procura transformar-se nun grupo económico com poder efectivo. Através da presença do Governo em sectores estratégicos, este partido adquire um papel de peso na economia.
António Barreto, hoje, no PÚBLICO

29 dezembro 2007

Subscrevo inteiramente!

"A democracia no Paquistão é estimada e compreendida por uma pequena oligarquia, que ficou do Império, joga cricket e frequenta Oxford. Durou, pelo menos na sua forma exterior (e com uma ou outra ditadura pelo meio), enquanto durou a influência dessa oligarquia sobre a população. Hoje, com a população sublevada e organizada pelas madrassas, não faz sentido. A escolha deixou de ser entre um partido ou outro: a escolha é entre uma espécie qualquer de teocracia e uma ditadura militar. O Ocidente perceberá um dia que não existem “moderados” no islão. Tirando a tecnologia, o islão rejeita em grosso e por atacado, tudo o que o Ocidente criou e representa. A começar pela democracia."

"A blogosfera é tão avessa à crítica como os media tradicionais, com a agravante de que o envolvimento narcísico é tão forte que, mesmo dentro de blogues colectivos, a mais pequena fractura se torna explosiva. Os blogues não gostam de ser objecto de críticas e, como é óbvio, têm uma alta noção de si próprios e estão tão cheios de autocomplacência e de elogios mútuos que consideram um anátema qualquer discurso que lhes pareça exterior e que os ponha em causa, a eles e às regras do jogo que estabeleceram."


Excertos de, respectivamente, Vasco Pulido Valente e José Pacheco Pereira, no PÚBLICO de hoje.

27 dezembro 2007

A propósito...


... deste post e no dia em que Benazir Buttho foi assassinada (com terríveis consequências possíveis para o resto do mundo!), lembro a sua afirmação recente de que o Islão proíbe que se atente contra as mulheres e, que por isso, estava segura de que nenhum verdadeiro muçulmano a atacaria.

24 dezembro 2007

16 dezembro 2007

Recordando Norman McLaren









15 dezembro 2007

No dia em que Sócrates chorou


Nesse dia fui à Repartição de Finanças da minha área.
E expus à funcionária que me atendeu o seguinte:
- Nos finais de Setembro, ao consultar o meu saldo bancário, verificara que, por engano, o sector público de onde eu fora transferido no mês anterior me processara o salário;
- Alertara de imediato a secretaria do referido sector, tendo-me informado a funcionária de que iriam notificar as Finanças para fazer a cobrança, ao mesmo tempo que me pedia as maiores desculpas pelo incómodo que isso me iria causar;
- Recebera mais tarde a notificação da obrigatoriedade da reposição do dinheiro no prazo de trinta dias a partir da data da assinatura do aviso de recepção, em 16 de Outubro;
- Não tendo podido deslocar-me à repartição até ao dia 15 de Novembro, telefonara para a mesma e perguntara ao funcionário que me atendera se teria que proceder ao pagamento nessa data ou se a contagem dos trinta dias incluía o dia 16, ao que ele me respondera que poderia fazê-lo, ainda sem multa, no dia seguinte;
- Perguntara-lhe também se teria que liquidar obrigatoriamente a minha "dívida" naquela repartição ou se a Loja do Cidadão também serviria para o efeito e a resposta fora que isso seria indiferente, já que os serviços "de lá" comunicariam com os "daqui";
- Pagara no dia seguinte e na Loja do Cidadão;
- Tinha recebido, dias atrás, um notificação das Finanças, uma vez que não teria liquidado a "dívida", para que repusesse a quantia do vencimento, acrescida de mais 70 e tal euros de juros de mora;
- Telefonara para a repartição e haviam-me informado de que a Loja do Cidadão não tinha enviado nada, mas que bastaria deslocar-me até lá, acompanhado do documento comprovativo do pagamento e a situação ficaria regularizada de imediato.
Após me ter ouvido:
- A funcionária começou por descobrir que as vias informáticas haviam enlaçado as existências fiscais do meu nome com o de um Carlos-qualquer-coisa, numa comunhão de dívidas que utrapassavam os 5000 euros;
- Efectuada uma cuidadosa investigação, a mesma funcionária desfez tão auspiciosa união (não sei se para sempre!), mas, verificando a data da liquidação da "dívida", afirmou que eu teria que pagar um multa de € 16,34, por o haver feito um dia depois do prazo-limite;
- Acrescentou ainda que o sector que me processara erradamente o vencimento deveria enviar o comprovativo da reposição para aquela repartição, para que o caso ficasse encerrado;
Liguei, de seguida, para a secretaria do meu antigo sector, do qual me garantiram que a funcionária das Finanças não sabia o que dizia, porque eles não tinham que enviar rigorosamente nada, o Gabinete de Gestão Financeira (?) é que enviará a nota de pagamento efectuado para ambos e que eles próprios ainda não haviam recebido fosse o que fosse, aconselhando-me a voltar às Finanças para esclarecer o assunto.
Recebi também nesse mesmo dia um email dos serviços do ministério das ditas, avisando-me de que os contribuintes que não paguem as suas dívidas até ao dia 31 de Dezembro não usufruirão de quaisquer benefícios fiscais na próxima declaração de IRS.
No dia em que o país - este país! - pôde ver o seu primeiro-ministro choramingando, narcisicamente, na assinatura do tratado europeu.

Só hoje soube que Stockhausen morreu no passado dia 5

Sto

14 dezembro 2007

Abobrinha!!!


Vim ao correio, à pressa, aproveitei para ver se o blog continuava no sítio, respondi ao comentário do Range-o-Dente no post sobre o Islão, fui num instante ao blog da Abobrinha e bem... imperdível!

12 dezembro 2007

Raisparta!


Já lá vão três posts do Alf por ler, da Abobrinha, então, pchhhhhh...!, nem sei quantos, da Indomável, de...
Lá para o fim-de-semana espero pôr tudo em dia.
Depois direi alguma coisa.

Picado, por minha vez...


... por este post, com o qual concordo inteiramente, acrescento agora eu: nenhum professor poderia, hoje, por isso mesmo e ainda que o quisesse, praticar a arte de ensinar. O Ministério da Educação nunca o permitiria e a maioria dos colegas vê-lo-ia como desestabilizador.

Ninguém...


... poderá salvar o actual Islão de si próprio, a não ser o Islão. Os não-islâmicos nada poderão fazer. Mas se o Islão se auto-destruir, destruir-se-á, sem dúvida alguma, connosco. Compete-nos não deixar que isso aconteça, através do apoio aos verdadeiros islamitas e não encarando o Alcorão como uma menoridade intelectual ou religiosa (e vice-versa).
O nosso futuro depende infinitamente mais do nosso discernimento do que das nossas armas. E, para perceber isto, mais não é preciso do que estudar a história do Mediterrâneo desde há três mil anos.

09 dezembro 2007

Vasco Pulido Valente, no PÚBLICO de hoje, a propósito de uma entrevista de Sócrates ao El País


Deixou de fumar, começou a fazer jogging, agora corre a meia maratona. A saúde conta. Não é autoritário, nem reservado, nem austero, nem arrogante, é firme. A firmeza vem da vontade, a vontade vem da convicção. É um português que serve. Gosta mais, de resto, de servir o país nos momentos difíceis do que nos momentos fáceis. Não fala, santamente, de sacrifício. Fala, santamente, de missão. É fiel à sua missão e não pretende outra recompensa. Sofre por vir nos jornais; como o outro, não gosta de "ser falado". Viveu sempre dividido entre a acção e "a contemplação e o pensamento". Há, dentro dele, um "permanente paradoxo". A política, no fundo, não passou de "uma soma de casualidades". Mas dará sempre "o melhor de si". Quem não ficará extasiado com este exemplo?
Um homem de família, um homem simples, que tenta ver os filhos: disciplinadamente. Um homem tolerante. Ouve as críticas. Respeita a opinião alheia e espera que respeitem a dele. Quando não está de acordo, não está: e não esquece que foi escolhido pela maioria do povo para "cumprir" o "melhor" para esse povo. "Muito obsessivo com o trabalho", não se considera um workaholic. Tem pena de não ler, por falta de tempo. No Verão, lê "obsessivamente", impelido talvez pelo seu lado contemplativo e de pensamento. Este Verão, leu três livros, dois livros de história e um romance. Admira Ortega y Gasset, "um bom filósofo", que "escreve bem". Quanto a poetas, não admira nenhuma personalidade viva, com a presumível excepção de Manuel Alegre, de que retira um indescrito "prazer".
Acredita que nada impede Portugal de se tornar um "país moderno, competitivo, com uma boa educação e com protecção social". Quer um Portugal "aberto e dinâmico". Acha Portugal "muito aberto". Reafirma que é de esquerda, como provam a Lei do Aborto e as leis da paridade e da procriação medicamente assistida. Pensa que a perspectiva socialista é a de "pôr o Estado ao serviço dos mais pobres". Sabe que ainda existem bolsas de pobreza. Insiste em que os países que controlam o défice são mais livres. Mais democráticos.
Isto o que é? Não é uma pessoa, não é um político, não é um ente reconhecivelmente humano. É uma montagem publicitária: polida, vácua, inócua. O herói de plástico, uma invenção. É José Sócrates, o primeiro-ministro.

Pelos próximos dias, tenho apenas o tempo suficiente para deixar aqui alguns "mimos" inesquecíveis

08 dezembro 2007

01 dezembro 2007

E ainda mais outro (excelente) e-mail


(in sergeicartoons.com, via nelsonpires.blogspot)
Aqui vai um exemplo da NOVA ATITUDE que os professores têm deadoptar, a bem dos tempos modernos. ...cá de fora. É assim:
QUESTÃO PROPOSTA:
6 + 7 = ?
A . EXERCÍCIO FEITO PELO ALUNO:

6 + 7 = 18
B . ANÁLISE:
A grafia do número seis está absolutamente correcta;
O mesmo se pode concluir quanto ao número sete ;
O sinal operacional + indica-nos, correctamente, que se trata de uma adição;
Quanto ao resultado , verifica-se que o primeiro algarismo (1) está correctamente escrito - corresponde ao primeiro algarismo da soma pedida. O segundo algarismo pode muito bem ser entendido como um três escrito simetricamente - repare-se na simetria, considerando-se um eixo vertical! Assim, o aluno enriqueceu o exercício recorrendo a outros conhecimentos.. a sua intenção era, portanto, boa.

C . AVALIAÇÃO:
Do conjunto de considerações tecidas nesta análise, podemos concluir que:
A atitude do aluno foi positiva: ele tentou!
Os procedimentos estão correctamente encadeados : os elementos estão dispostos pela ordem precisa.
Nos conceitos, só se enganou (?) num dos seis elementos que formam o exercício, o que é perfeitamente negligenciável.
Na verdade, o aluno acrescentou uma mais-valia ao exercício ao trazer para a proposta de resolução outros conceitos estudados - assimetrias... - realçando as conexões matemáticas que sempre coexistem em qualquer exercício...
Em consequência, podemos atribuir-lhe um...

..."EXCELENTE"...

...e afirmar que o aluno...

..." PROGRIDE NATURALMENTE"!!!

Outro e-mail


Nas avaliações do 1º período, vou seguir o exemplo da Ministra...
Seguindo o exemplo da Ministra da Educação, vou estabelecer quotas nas notas já do primeiro período. Assim: 5% para o Excelente e 10% para o Satisfaz Bastante. Se no resto da turma tiver mais alunos com avaliações destes níveis, paciência, ficam com Satisfaz.
Assim promovo o mérito dos alunos. Se os pais se sentirem revoltados que se queixem à ministra. Se é bom estabelecer cotas para os professores, deve ser excelente para os alunos. Atenção que também tenho um filho na escola.
Espero que os professores dele adoptem a mesma medida. Direitos iguais para todos.
in Público online
João Paulo Silva