27 maio 2009

Missa negra-rosa em fundo azul (vómito às três pancadas)


27 de Maio de 2009, 20:38
Castelo Branco, 27 Mai (Lusa) -- O PS vai hoje ensaiar em Castelo Branco um comício à norte-americana, com o pavilhão do núcleo empresarial da cidade a ser transformado num anfiteatro só com lugares sentados e com as bancadas ordenadas geometricamente em losanglo.
Segundo a direcção de campanha do PS, foram colocados cerca de 1400 lugares sentados.
Todos os apoiantes socialistas estão a receber instruções do "speaker" do comício para levantarem os cartazes de fundo azul com "o slogan" "dia 07 vote PS" e para gritarem essa palavra de ordem.

Foi o acabei de ler no Sapo. Com erro ortográfico e tudo.
Tinha visto e ouvido, havia pouco, José Sócrates no seu costumado e gritado empolgamento público, dirigir-se aos militantes, falando do "horror das famílias" perante o atraso na colocação dos professores e do "terror das famílias" face ao atraso do início do ano lectivo, horror e terror com que o seu governo terminou. Mas nem é do bimbalhismo caricato da aplicação dos termos que quero falar. É de outras coisas.
José Sócrates contou, evidentemente, com a memória habitualmente degradada dos portugueses, certamente já esquecidos de Maria do Carmo Seabra (CDS), que substituiu David Justino (PSD) no governo de Durão Barroso, na sequência do escândalo do falhanço (sabotagem?) da informatização dos processos ligados aos concursos de professores. A nova ministra fez, tanto quanto é conhecido, um trabalho notável, chamando a si todas as responsabilidades, centralizando nela todas as tarefas essenciais e conseguindo, em três ou quatro meses, deixar o caminho totalmente preparado, a esse nível, para a "eficácia" de Maria de Lurdes Rodrigues, que tomou o seu lugar pouco depois. A actual ministra nunca teve a honestidade de reconhecer o trabalho da sua antecessora nem, muito menos, de lhe agradecer. Nem ela nem o novel primeiro-ministro, que aproveitou de imediato o facto para se pôr tal como ainda permanece hoje: sempre em bicos de pés.
Mais: a ministra "de direita" tomou decisões que acabaram com situações que envergonhavam o país perante qualquer outro membro da "Europa", dando, pela primeira vez desde o 25 de Abril, prioridade na colocação aos professores com problemas de saúde. A ministra "de esquerda", no ano imediatamente seguinte, por pressão dos sindicatos (vejam lá!), "de esquerda", diminuiu o alcance dessa medida, por questões de "justiça" em relação aos professores de Quadro de Zona Pedagógica. Como se a percentagem de deficientes que trabalham em Portugal, e ainda por cima em empregos que exigem a posse de uma licenciatura, fosse significativa...! Mas, já se sabe, para a "esquerda"temos que atender às massas, não aos indivíduos. E a entre a massa de pagantes dos sindicatos poucos são os "pobres espoliados dos mais elementares direitos humanos numa sociedade apodrecida pelo capitalismo". Uma chatice... para esses espoliados.
Comecei a escrever isto, tive que interromper por duas horas e ao voltar, mesmo agora, sinto-me já demasiado cansado para continuar. Penso que o que disse fala por si, sem precisar de mais comentários.
Limito-me a acrescentar que à esquerda portuguesa, toda ela, se quiser fazer alguma revolução, bastará combater-se a si própria.

25 maio 2009

Vejam...


... este post no Mitos Climáticos (que também tem o link na minha lista), que encontrei via Fiel Inimigo, e um outro, neste último.
Volto já.

24 maio 2009

Olhem...


Poderia vir aqui dizer que fiquei doente de tanto rir, ouvendo José Sócrates discursar aos berros em espanhol (valha-nos que o próprio se não levou a sério a si mesmo, a avaliar pela expressão facial...) e que, por isso, iria ter dificuldade em aparecer por aqui nos próximos dias. Mais uma vez, a culpa seria do governo e toda a gente continuaria descansada, por estarmos perante o culpado do costume.
Mas não. Até quinta-feira à noite terei, de facto, alguma dificuldade em por cá passar, mas por outros motivos. Embora haja umas palavritas a exigirem-me que as deixe sair, a propósito de um artigalhaço de opinião do venerando Professor Boaventura (não o santo e filósofo, o outro, nosso contemporâneo, de Coimbra). Fica prometido, pelo menos, para sexta-feira. Se não conseguir sustê-las até lá.
Enquanto não volto, chamo a atenção para os videos postados recentemente na Fundação Velocipédica (o link está aí ao lado), em que poderão ver os espectáculos de Mandrágora realizados recentemente em Faro, que são uma pura delícia visual. Entre muitas outras coisas interessantes do ponto de vista estético que tem sido colocado no blog.
Até já.

20 maio 2009

Repito a chamada de atenção


Ephedra é o nome de um grupo de rock que, no início dos anos 70, enveredou pelo chamado rock progressivo, do qual foi pioneiro em Portugal. Composto por músicos muito jovens, a qualidade do seu trabalho foi reconhecida, à época, tendo-lhes sido encomendada as bandas sonoras de alguns filmes e feito um programa na RTP, chegando mesmo a ser falada a possibilidade da sua participação no Venham mais cinco, de José Afonso, a qual não veio, porém, a concretizar-se pela indisponibilidade de alguns dos seus membros, devido a incorporação no serviço militar.
A vida académica e profissional posterior de cada um deles impediu a continuidade desse trabalho, do qual nunca chegou a ser editado qualquer disco, embora dois se tivessem profissionalizado no campo da música: um deles, José Machado, ao nível da docência, no Conservatório; o outro, Francisco Henriques (Xico Zé Henriques), participando em diversos projectos musicais, desde Carlos Mendes e Jorge Palma, até Rui Veloso e Carlos do Carmo, desenvolvendo, em simultâneo, uma actividade regular no campo do jazz, em projectos pessoais ou em conjunto com diversos músicos e cantores de primeiro plano.
São precisamente deste último os temas que hoje retomarão, numa recriação e execução sua, em conjunto com a da quase totalidade dos membros originais da banda. Ouvi-os num primeiro espectáculo, realizado meses atrás. Recomendo a quem possa estar presente esta noite no Auditório Eunice Muñoz, em Oeiras, que não falte (a entrada é livre).

19 maio 2009

Portugueses a sério


Minutos atrás, fazendo zapping, passei pela SICNotícias. Transmitia-se o programa Falar Global e o jornalista entrevistava o jovem Salvador Mendes de Almeida, presidente da Associação Salvador, cuja existência desconhecia.
A inteligência e a abertura de horizontes demonstradas quanto às perspectivas e à acção já desenvolvidas pela Associação, nomeadamente no que respeita à importância do estabelecimento de protocolos e de desenvolvimento de projectos de investigação na área da robótica que minimizem os condicionalismos ligados aos diferentes tipos de deficiência, constituem exemplos de como é possível e indispensável ultrapassar a tacanhez e o miserabilismo pantanosos em que o país se vem afundando progressivamente. Tacanhez e miserabilismo, aliás, de que o jovem presidente deu conta com elegância serena e a dignidade de quem lhe dá o lugar que merece no trabalho que sabe que há a fazer, isto é: nenhum. Bastou-lhe, para isso, referir que o Estado português subsidia com 13 milhões de euros anuais a aquisição de equipamentos nessa área, menos 4 do que uma apenas das províncias da vizinha Espanha, para ficar a claro o que pensa.
Daqui envio, portanto, os meus parabéns, bem como, enquanto português, os maiores agradecimentos, a ele e aos restantes membros da Associação. O link fica disponível, aí ao lado, a partir de hoje.

18 maio 2009

Portugueses à conquista do mundo


Já temos o nosso candidato ao prémio Rainha de Inglaterra!!!

17 maio 2009

Angústias minhas


Lisboa, 17 Mai (Lusa) - A ministra da Educação defendeu hoje que o "manual de aplicação" destinado aos professores durante a realização das provas de aferição "é muito útil" e "absolutamente necessário" aos docentes para assegurar igualdade em todas as turmas.
"O manual de aplicação é isso mesmo. É um manual técnico feito pelos serviços, sempre fez e sempre assim foi. É muito útil. Evidentemente que é absolutamente necessário [aos docentes] para criar situações de igualdade em todas as turmas que fazem as provas ao mesmo tempo", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues.
Questionada pela Agência Lusa à margem de uma cerimónia de entrega de certificados de habilitações a alunos no âmbito do programa "Novas Oportunidades, em Lisboa, a ministra frisou que o manual, que dá indicações muito específicas, incluindo as frases que os professores devem dizer a cada momento da prova, "é um guia de apoio aos professores" e disse que "já o ano passado houve uma tentativa de fazer um número à volta disso".
Diz-se no portal Sapo (clicar sobre o texto).
Gostaria, como cidadão, que a sra. Ministra da Educação esclarecesse publicamente o que quis dizer com o termo "número". É que, tanto quanto me lembre, ele é habitualmente aplicado aos conteúdos de espectáculos de circo e de vaudeville e, com maior frequência, ao trabalho dos palhaços, em particular. Para sua própria defesa e do regime, não deveria assim a sra. Ministra deixar espaço a quaisquer especulações sobre eventuais intenções insultuosas que tivesse ao utilizá-lo.
Com efeito, se não se der a esse trabalho, tal poderá vir a dar razão, por omissão, àqueles que afirmam da actual equipa de governação ser indigna de estar à frente de um país europeu e democrático; que um governante que se permite o insulto a quem com ele não concorda, é gente do mais baixo nível, vergonha de quem diz representar nas suas decisões; que tal gentinha, a pretexto da firmeza e do "progresso", é na realidade filha dilecta da pior (porque a mais firme e duradoura) das ditaduras: aquela que se enraiza num estado de espírito próprio de um provincianismo cultural e cívico reles. Por outro lado ainda porque, ao entrar pela indignidade dessa via, abriria caminho ao direito de retorquir no mesmo tom aos que se sentirem visados no comentário, minando desse modo o respeito pela autoridade das instituições que sustentam o Estado e o viver colectivo, estimulando implicitamente a legitimação e o recurso à violência por intermédio do desbragamento verbal.
Coisa que eu, para quem a madrugada de 25 de Abril de 1974 tanto de belo significou, consideraria catastrófico e inaceitável. Eu, para quem a autoridade democraticamente estabelecida é sagrada e insusceptível de ser desrespeitada, por actos ou sequer por atitudes ou palavras. Mas como poderei eu, ou qualquer outro, defender a sra. Ministra de tais suspeitas se ela própria o não fizer de imediato, caso alguém venha a chamar-lhe, por exemplo, "uma venenosa farsante, medíocre e irresponsável"?!
E eu bem que gostaria de o fazer...! Mas como?
Como?!

16 maio 2009

Socorro!

Quadro de Adriaen Bouwer

Escreveu Manuel António Pina no Jornal de Notícias de segunda-feira passada:

Terminaram as chamadas "Queimas das Fitas" e, salvo raras excepções, o balanço foi o do costume: alarvidade+Quim Barreiros+garraiadas+comas alcoólicos. No antigo regime, os estudantes universitários eram pomposamente designados de "futuros dirigentes da Nação". Hoje, os futuros dirigentes da Nação formam-se nas "jotas" a colar cartazes e a aprender as artes florentinas da intriga e da bajulice aos poderes partidários, enquanto à Universidade cabe formar desempregados ou caixas de supermercado. A situação não é, pois, especialmente grave. Um engenheiro ou um doutor bêbedo a guiar uma carrinha de entregas com música pimba aos berros não causará decerto tantos prejuízos como se lhe calhasse conduzir o país. Acontece é que muitos dos que por aí hoje gozam como cafres besuntando os colegas com fezes, emborcando cerveja até cair para o lado, perseguindo bezerros e repetindo entusiasticamente "Quero cheirar teu bacalhau" andam na Universidade e são "jotas". E a esses, vê-los-emos em breve, engravatados, no Parlamento ou numa secretaria de Estado (Deus nos valha, se calhar até já lá estão!).

Há muito tempo que não lia algo de tão impiedosa e arrepiantemente verdadeiro...!

15 maio 2009

13 maio 2009

Recomendo

O óbvio


Acabei de ouvir, no telejornal, Belmiro de Azevedo afirmar que a crise só se resolve com a multiplicidade de pequenos investimentos e não com um ou dois megainvestimentos.
Não tenho grande apreço pelo sr. engenheiro. Mas reconheço que é um dos poucos que, neste país, vai dizendo desassombradamente algumas coisas que têm que ser ditas.

A ler...


... e reflectir.

10 maio 2009

Dizia Boris Vian...


... numa pequena nota introdutória de A espuma dos dias (cito de memória): "Há apenas duas coisas que interessam no mundo: a música de Duke Ellington e o amor com raparigas bonitas. O resto não deveria existir, porque o resto é feio".
Duke já cá não está. Nem Boris. Mas ficou Caetano. E Aveiro. As raparigas também ficaram.
Talvez, afinal, nem tudo esteja perdido.

05 maio 2009

Na sequência do post anterior


Em conversa com o amigo que referi ontem, vim a saber que a colega dele faleceu hoje, de manhã. E que o número de problemas do tipo cárdio-vascular graves registados na escola desde Fevereiro já ascende a seis.
Em Portugal, a impunidade faz parte dos brandos costumes; à repressão ou à cobardia, chama-se-lhe serenidade; e ao sufoco pelo silêncio e pelo exílio, tolerância tradicional ou bonomia.

04 maio 2009

Nomes


Um amigo meu, professor do ensino secundário numa escola pública da linha de Sintra, disse-me hoje, em conversa, que, no espaço de um mês, quatro dos seus colegas tiveram acidentes cardio-vasculares graves. O último deles, hoje, encontrando-se no serviço de cuidados intensivos, em coma induzido. Na sala de professores, o clima de tensão é tremendo, alguns estão de atestado, com sintomas de esgotamento, muitos tomam anti-depressivos.
Entretanto, o desinteresse pelas matérias, a ignorância, o desleixo e a indisciplina medram, alegre e impunemente, entre os alunos.
Há quem chame a isto governar com sentido de serviço público. O crime com justificação ideológica, ou que se apresenta como tal, sempre foi a tentação maior da inteligência pervertida. Da burrice também. E do oportunismo.

02 maio 2009

A coisa, na altura, não me iria sair desta maneira…


… e agora também já não consigo repor-me no estado de espírito que originou isto que ando para assinalar aqui há mais de duas semanas. Por isso, limitar-me-ei a dizer o seguinte:
No dia 16 de Abril, dia mundial da voz, a RTP, através do Canal 1 e das vozes de apoio de José Carlos Malato e de Marta Leite de Castro, afirmou publicamente a voz do fado como a voz representativa da lusitanidade, dando-lhe voz num programa dedicado à celebração da voz como património do humano.
Responderam à chamada da prestigiada instituição as vozes mais representativas da canção nacional, aquelas que a conservaram com orgulho e altivez patriótica e a quem, por esse motivo, devemos a maior reverência e agradecimento: as fadistas de gema e de antanho, com raízes da Lapa até Cascais, passando pelo Restelo. De fora, ficaram as rústicas e primárias imitações que, até hoje, o foram o adulterando pelos tugúrios da Mouraria, Bairro Alto, Madragoa e Alfama, bem como aqueles que a elas se colaram: os pouco sérios Carmos, Carvalhos, Arys, Tordos, Vitorinos de Almeida, etc., agitadores e mixordeiros do fado, os quais tanto contribuíram para a degradação e o desprestígio da nacional canção, ao ponto de um deles ter mesmo sido distinguido pela venenosa monarquia castelhana.
Para que, porém, não viesse a ser acusada de segregação cultural, quiçá, ideológica e política (que ele há por aí, sabemo-lo bem, gentinha capaz de tudo…!) a RTP não deixou de convidar alguém vagamente próximo de tal populaça: o fadista Camané, homem que cabe em todo o salão, o qual, num arroubo de inovação, ergueu também ele tanto quanto pôde a sua voz, ao som do piano de Mário Laginha. O comovente espectáculo terminou com João Braga entoando dois poemas de Manuel Alegre, poeta que fica bem em qualquer prateleira, também ele presente entre uma assistência rigorosamente seleccionada, composta pelos que, em Portugal, têm dado voz aos destinos do país desde a gloriosa madrugada. Assistência onde se podia ver de um cabeceante general Eanes até um britanicamente efusivo Paulo Portas, ao lado de sua mãe, Helena. Tudo do melhor, que os responsáveis da televisão pública não quiseram que nos faltasse nada.
Mas não se ficou por aqui a RTP. No seguimento do impulso de entusiasmo que a animava, transmitiu, logo de seguida, um filme sobre a internacionalmente premiada worldfadista Mariza, onde pontificava a erudição do ex-secretário de estado da cultura, Rui Vieira Nery.
Ficámos a saber, então, que o fado sofreu uma renovação e uma revalorização a partir dos anos 80 graças ao trabalho dos novos fadistas. Uma vez mais se fez justiça, dado que nenhum dos já citados mixordeiros foi referido, nem sequer gente duvidosa como Maria da Fé, ingenuamente promovida no Brasil pelo risível Caetano Veloso, Maria Armanda, Alexandra, e mesmo Rodrigo ou Paulo Bragança. Os novos fadistas são aqueles que são… os novos fadistas e está tudo dito. Os que cantam o que é a vida: a paisxão, o ciúme e o destino de sermos descobridores da tristeza à garupa da melancolia.
No meio do êxtase estético, intelectual e patriótico que o documentário proporcionava, poucos terão dado a devida importância à revolucionária revelação histórica com que Nery brindou os seus concidadãos, ao afirmar que o Estado Novo, tendo inicialmente hostilizado e marginalizado o fado, enquanto canção ligada ao anarco-sindicalismo, o aproveitou em seu favor após o final da II Guerra, em 1945. Com efeito, uma das cenas mais hilariantes do primeiro filme sonoro português, A Canção de Lisboa, realizado por Cottinelli Telmo em 1933, é a de Vasco Santana, na pele de um Vasquinho da Anatomia a quem a embriaguez solta imprudentemente a língua, lançando-se numa diatribe contra o fado, canção conformista e degradante do carácter, e contra os fadistas (Morte ao fado! Morram os fadistas!)… para depois ganhar a vida como fadista-residente até conquistar a respeitabilidade do estatuto de médico. A genialidade e a lucidez ímpares de Nery ficaram assim, uma vez mais, amplamente demonstradas, atirando esse aspecto menor para o lixo da irrelevância histórica. É com pessoas do seu quilate académico e do quilate dos responsáveis pelo canal público de televisão que podemos confiar, inequivocamente e sem temor, em que Portugal continua e continuará em boas mãos.
Porque certamente alguns dirão que a RTP serve, entre outras coisas, de tugúrio das vaidades da aristocracia provinciana, azeiteira e decadente que deixou espaço ao republicanismo analfabeto, azeiteiro e prepotente que com ela se enfeita.
E certamente outros dirão ainda que a RTP expôs, mais uma vez, a faceta do mccarthismo peixeiro que se entranhou de há muito em Portugal como um seu secular aroma peculiar e que afasta, inevitável e definitivamente, para bem longe de si qualquer narina educada.
Mas não eu.

01 maio 2009

Mais uma portuguesa


Tal como França, Portugal é um país simbolizado (salvo) por mulheres. Desde Joana d'Arc a Brites de Almeida, desde Piaf a Amália.
Agora foi Beatriz Batarda quem disse, sem medo, em plena cerimónia oficial de promoção de José Sócrates e na cara do mesmo, aquilo que pensam os portugueses do seu governo e do estado a que nos levou.
Daqui lhe envio as minhas homenagens e o meu eterno agradecimento.