21 abril 2008

Já o disse e subscrevo


Ontem, no PÚBLICO:

Ana Benavente
(...) Nas escolas em que a burocracia ganhou, em tempo e em preocupação, ao trabalho de ensinar e de aprender, vive-se uma estranha esquizofrenia (...) Um ministério pode pode impor normas pela chantagem? Ameaçar os professores contratados com o desemprego no ano que vem? Que governo é este? A maioria absoluta não lhe permite esquecer-se de que governa para e pelas pessoas. Que Partido Socialista pode aceitar tais práticas?
(...) No balanço de três anos de governo, o Sr. Porta-voz afirmou, sorridente (homem que sorri pouco), que havia tanta coisa bem feita que não valia a pena perder tempo com o que correu mal ou menos bem. Foi pena. Governar não é ir a um espectáculo para receber palmas. Um balanço de governo só é completo quando considera o que fez (bem ou mal) e o que não fez. Assim, parece-me mais uma festa de aniversário (com poucos convidados) do que a prestação de contas ao país. A menos que o Governo se esteja a esquecer do país e que tenhamos todos que gritar muito mais alto para que isso não aconteça (...)

Vasco Pulido Valente
(...) Mas provavelmente Jardim não o (a Cavaco Silva) aflige tanto como Sócrates. Porque Sócrates falhou. A economia encolhe. A "consolidação financeira", uma espécie de utopia indígena, está comprometida. E o mundo, em crise, não ajuda. De resto, o reformismo acabou. O "monstro" continua alegremente como era. A saúde não se recomenda. E o ensino treme. As reuniões de quinta-feira entre o dr. Cavaco e o primeiro-ministro devem ter hoje um ar de enterro. Se alguém lesse agora ao dr. Cavaco o discurso de candidatura, ele com certeza desatava a chorar. Prometeu, jurou, gritou que "não se resignava" e só lhe resta a resignação: o pântano de Sócrates, se as coisas por milagre ficarem por aí (...)

António Barreto
(...) Os partidos e a vida democrática devem estar, em Portugal, no mais baixo do apreço público. Descrença, desconfiança e desprezo são sentimentos que não faltam na população. Se quiserem encontrar os verdadeiros inimigos da democracia, não é preciso ir procurar muito longe: basta começar pelos partidos e pelos políticos democráticos.

1 comentário:

Anónimo disse...

a senhora doutora Benavente até tem razão no que hoje diz. mas que fez ela quando lá esteve?