"A ofensiva terrestre de Israel na Faixa de Gaza provocou, este domingo, reacções de preocupação e apelos ao cessar-fogo oriundos de todo o mundo, a par de manifestações populares em vários países", dizia a TSF e reproduzia o SAPO instantes atrás.
O "mundo" terá estado a dormir desde 19 de Dezembro até agora?! É que o Hamas começou a bombardear Israel desde essa data, recusando o prolongamento do cessar-fogo e pelo menos 70 rockets (foi o que os órgãos de comunicação disseram, na altura) foram atirados sobre israelitas (civis), antes deles perderem a paciência. Nessa altura, porém, o "mundo" nem se preocupou nem se manifestou...! Mas preocupa-se agora, raramente referindo que o Hamas, movimento golpista que oprime outros palestinianos, se escuda com estes, fundindo instalações militares e civis de tal maneira que é impossível a qualquer exército proceder a uma operação sem fazer um grande número de vítimas entre a população!
O Hamas desce abaixo do que desceram os nazis e os seus dirigentes deveriam ser julgados por crimes contra a humanidade. Está na hora do sr. Garzón provar que não é zarolho y que los tiene en su sitio. Ou sê-lo-á, de facto? A pergunta é retórica (alguém tem dúvidas)?
Para a extrema-direita e para o Islão matarruano (porque há outro Islão!), se os "judeus" não ripostam, prova-se a teoria de que são uma "raça" decadente, degenerescente, que contamina quem com eles fornique, coabite ou conviva e cujas características maiores são a cobardia e a hipocrisia; ; se ripostam, é porque não passam de um bando de malfeitores e assassinos que há que eliminar. Para a esquerda continuam a ser isso tudo, coisa que o capitalismo também é, enquanto invenção judaica. Quanto a Marx não era judeu, apenas internacionalista.
Mas que raio de "mundo" este! E não só o da TSF...
1 comentário:
Bom texto, Joaquim Simões.
Sim, há outro Islão, o dos sufis. Mas, pelo engradado em que o enovelaram, já é quase irrelevante. Infelizmente. O Islão que chegou a ir à Sophia Perenis (alquimia) está reduzido a escombros.
E neste momento, historicamente, o panorama é o que foi justamente descrito pelo Rushdie: "O problema já não é o fundamentalismo, mas o Islão em si".
O que é, na verdade, uma tragédia - mas que nos cabe enfrentar com lucidez e sem papas na língua e no resto.
O abraço,
n.
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