25 janeiro 2009

Sinais


O sr. primeiro-ministro não escondeu o seu desagrado pelo facto de pessoas que são contrárias a acordos com o CDS terem votado a favor da proposta desse partido, no sentido da suspensão da avaliação dos professores.
Os deputados que se manifestaram a favor de tal proposta, militantes de raiz do PS e convictamente socialistas, tê-lo-ão feito por considerarem ser o interesse de Portugal superior aos interesses deste governo. Votaram na condição de patriotas e não de militantes. Votaram, talvez, também por oposição a um processo de instalação de grupos de diferentes e variadas afinidades que transformarão cada vez mais a liberdade e a democracia numa saudade de tempos idos.
Sócrates divide cada vez mais o país, no sentido de reforçar o seu poder. Nisso, é semelhante a Salazar. Tal como para o ditador, ele é Portugal. Tal como o homem de Santa Comba modificou as palavras de Cristo, dizendo-se cristão, ao mudar "quem não é contra nós, é por nós" para "quem não é por nós, é contra nós", também Sócrates, afirmando-se democrata, inverte o sentido da liberdade política. Tal como Salazar, ele marca um perigoso e aviltante período de decadência.

2 comentários:

Anónimo disse...

Só posso congratular-me por este artigo de J.S. e dizer: quem fala assim não é gago!
Sócrates, que possivelmente nunca lerá este post (anda muito ocupado a lixar-nos) possivelmente ganharia se, ao contrário de meros bajuladores, tivesse uma pequenina task force que lhe levasse notícia de posts como este.
Ficaria a perder? Não me parece. Ganharia em verticalidade, talvez, o que é sempre bom, mesmo para primeiros-ministros em vias de desertificação...

Joaninha disse...

HAH!

Andas desaparecido mas escreves coisas bem escritas aqui no teu cantinho.

Sim senhor!

Beijos