... e ficar em casa, a descansar, deixo-vos aqui uma gravura, sem título, do notável, saudoso e esquecido Mário Botas, bem como um seu poema que me foi enviado por Nicolau Saião, a quem ele o ofereceu no decorrer de um encontro promovido por MANDRÁGORA - Centro de Cultura e Pesquisa de Arte, em Lisboa, em 1980, onde também participaram Mário Cesariny e Manuel de Almeida e Sousa.
“Seldom we find” says Solomon Don Dance
“Half an idea in the profoundest sonnet”
E.A.Poe
“Half an idea in the profoundest sonnet”
E.A.Poe
A fisionomia, o carinho das coisas impalpáveis,
o balbuciar, todo em amarelo, dos limões...
Cintura na pedra,
correio subtil de Lesbos para Marte.
Antinous visitou-me. Deixou a casa desarrumada
e um projecto em mim demasiadamente longo.
No frágil da memória eu durmo e sou eu
deuses de papelão sentando-se a meu lado.
No leito fluvial por onde dorme o cisne
chamam por mim os outros príncipes. Todos
irmãos.
Escuridão nova na velha escuridão,
efeito de luz nas janelas do poema...
O meu cão dorme. He is a poet, isn’t he?
o balbuciar, todo em amarelo, dos limões...
Cintura na pedra,
correio subtil de Lesbos para Marte.
Antinous visitou-me. Deixou a casa desarrumada
e um projecto em mim demasiadamente longo.
No frágil da memória eu durmo e sou eu
deuses de papelão sentando-se a meu lado.
No leito fluvial por onde dorme o cisne
chamam por mim os outros príncipes. Todos
irmãos.
Escuridão nova na velha escuridão,
efeito de luz nas janelas do poema...
O meu cão dorme. He is a poet, isn’t he?
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