Ao fundo da página 27 do PÚBLICO de hoje, insere-se a seguinte notícia:
"Há, na forma de estar do dr. Isaltino Morais, sempre um olhar para o amanhã, o que me é grato, porque acho que este país perde tempo demais a olhar para ontem. Desse ponto de vista, tenho aprendido alguma coisa." A declaração, que consta de uma entrevista de duas páginas publicada na última edição do boletim municipal de Oeiras, pertence a Emanuel martins, um dos dois vereadores que o PS tem na Camara de Oeiras.
O autarca aceitou no ano passado os pelouros oferecidos por Isaltino Morais, juntamente com o seu companheiro de lista Carlos oliveira, e desempenha, também por convite de Isaltino, o lugar de presidente do conselho de administração da empresa intermunicipal Laboratório de Ensaios de Materiais de Obras.
Na entrevista ao boletim municipal Oeiras Actual, Emanuel Martins afirma que, "mesmo correndo o risco de ser criticado", quer "dizer exactamente" aquilo que sente. E que sente, garante, é uma "surpresa" na sua experiência de trabalho com Isaltino. "A pessoa que eu conheci está diferente e confesso que para melhor, do ponto de vista funcional", salienta. "(...) superou a expectativa que tinha quando decidimos aceitar pelouros, opinião que é partilhada pelo meu colega de vereação", acrescenta.
Nas últimas eleições Martins foi o cabeça de lista do PS e grande parte da sua campanha assentou no ataque a Isaltino Morais por estar acusado de corrupção pelo Minstério Público.
Na sequência do artigo de opinião de Pacheco Pereira a que me referi ontem, faço ainda notar que:
-Não é este, longe disso, o primeiro mandato de Emanuel Martins como vereador da Câmara Municipal de Oeiras;
-Foi o PS quem, através de Martins, viabilizou este executivo de Isaltino, como lembrou Marques Mendes na semana passada a Judite de Sousa, a propósito do diferente posicionamento dos socialistas em relação a Carmona Rodrigues, o qual, contrariamente a Isaltino Morais, não só não foi acusado formalmente, como, a vir a sê-lo, o será por motivos bem menos graves do que os deste;
-Por razões desconhecidas, o Partido Socialista nunca nomeou candidatos de peso para a disputa de uma das câmaras mais importantes do país, nem sequer quando, anos atrás, Isaltino se encontrava politicamente mais fragilizado.
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