Isto por aqui tem andado muito mal de tempo! Por isso, limito-me por hoje a deixar-vos um pedacinho do texto de Vasco Pulido Valente, no PÚBLICO deste domingo.
(...) Este palavreado [dos economistas] esotérico esconde, como Portugal inteiro já está farto de saber, uma realidade básica: a impossibilidade de reduzir o pessoal e as funções do Estado, isto é, a impossibilidade da famigerada "reforma" que Sócrates prometeu e anda por aí a fingir que faz. Primeiro, porque os partidos, que são parte e parcela do Estado, não o permitiriam, mesmo quando na oposição pretendem que sim. Segundo, porque Sócrates, apesar do jogging, não tem feitio de suicida. E terceiro, porque se tornou dogmático na política indígena que tocar no estado Providência e num infinidade de "prestações sociais" (para usar essa palavra equívoca), sem utilidade ou justificação, provocariam um levantamento geral. A paralisia, no fundo, acabou por se tornar no verdadeiro destino do país. (...)
A maneira de resolver o irresolúvel é mudar os dados da questão.
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