08 novembro 2008

Mais baixo, cada vez mais baixo...

Fotografia obtida no Sapo
A alegada ministra da Educação do alegado governo do alegado primeiro-ministro disse, num telejornal, que os bastante mais de cem mil professores que hoje se manifestaram contra este modelo de avaliação o fizeram como forma de chantagear, pela intimidação, os restantes (mais ou menos 20%).
Não descobriram ainda em Sociologia, ou não lho terão ensinado durante o curso, que o poder, quando cai na disformidade do ridículo e da má-fé, cai mais baixo ainda do que a rua?

3 comentários:

Anónimo disse...

Aquela palavra, chantagear,assume naqueles lábios, minesteriais, um som de tampa de caixão a fechar-se.
Para esta prendada e inteligente senhora uma manifestação, legítima numa democracia que ela aliás parece conhecer mal, é chantagear.
Tartufo não faria melhor.

MESTRE CARRANZA

RioDoiro disse...

É também curioso(?) verificar como ela se agarra ao acordo com os sindicatos e à lei para justificar a legitimidade da coisa.

Para justificar a legitimidade legal da coisa, não faz sentido meter os sindicatos ao barulho. Para justificar a legitimidade política não faz sentido meter a lei ao barulho.

Está também a passar ao lado que, de facto, os sindicatos se entenderam com a ministra sobre uma coisa que pouco tempo depois vêm contestar.

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Anónimo disse...

A referencia aos sindicatos tem o seguinte sentido - e mostra a maldade ardilosa ainda que saloia da senhora: como ela sabe que os sindicatos estão mal vistos na opinião do português médio (que é o eleitor por excelencia desta talentosa senhora e seu governo de sobredotados) devido, generalizando, às ligações deles reais ou supostas aos marxianos de outiva, usa e abusa da palavrinha, para que ela cole o seu "odioso" à imagem do geral dos professores.
Para além de chantagistas, o que são mais os professores que estiveram na pequena manifestação? Ah, sim: enfatuados, prepotentes, maus colegas... Pois sendo um punhado "ameaçam" a multidão de esforçados avaliatistas que, compenetradamente, trabalham nas escolas a bem da Nação.
Ou do reino do Bhutão.

MESTRE CARRANZA