17 junho 2009

O boato


Soube-se hoje, através dos telejornais, que:
- o governo, para manter a face quanto aos números do défice, recorreu à utilização dos orçamentos extraordinários disponíveis;
- a empresa fabricante dos celebrados Magalhães tem a PJ à perna, por problemas registados no ano de 2005;
- a toda-poderosa Porto Editora, com quem o Ministério da Educação fez acordos, a meu ver, injustificáveis, recebeu também a visita da mesma polícia.
Em qualquer país da União Europeia (à excepção de Itália, claro, por tradição, e agora, ao que parece, de Inglaterra, talvez por contaminação ideológica) isto bastaria para que José Sócrates e a sua equipa fossem intimados a esclarecer este conjunto de factos. Mas se a montanha de casos semelhantes e bem mais graves não o conseguiram ainda, em nome da estabilidade política...
"Estabilidade política", "estabilidade democrática", estabilidade económica": cada vez mais me parece que a história da relação entre estes três conceitos anda a ser muito mal contada. Melhor: que, menos do que história, não passa de boato.

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