04 outubro 2007

Transcrevo aqui...


... directamente este post d' O Jumento:

Cobardes es-equo

A maior promessa eleitoral de Sócrates foi a criação de 150.000 postos de trabalho, até teve honras de cartaz e tempo de antena nos debates públicos. É hoje evidente que Sócrates estava a mentir, talvez por ignorância ou mau conselho, mas em rigor o que fez foi recorrer a uma mentira para obter o voto dos portugueses. Agora que o desemprego aumentou contra a tendência da Europa o mínimo que se esperava do Governo era uma explicação.
Qualquer estudante de economia poderia fazê-lo e até poderia evitar grandes culpas para o governo, mas mesmo assim nenhum ministro teve a conhecida saliência anatómica própria dos que não têm medo. O ministro das Finanças poderia assumir a responsabilidade por uma receita típica doa anos duros do FMI, o ministro do Trabalho poderia questionar os critérios e explicar que os dados do desemprego valem o que valem e o ministro das Economia poderia justificar o desemprego como um resultado da reestruturação e modernização da economia. Mas nenhum deles teve coragem de dar a cara, optaram pela cobardia.

E atenção ao novo do Alf, que, passo a passo, procura reescrever a nossa história.

5 comentários:

Patrícia Grade disse...

E é um tal somatório de bestialidades, que já não há pachorra. Acho que vou passar a optar pela badalhoquice mesmo, para explicar o que se passa com este Governo. no principio pensava-se que faziam o que podiam com as refromas que há muito precisavam de ser feitas. Depois foram-se deitando com os da oposição e o cheirete foi aumentando. Hoje em dia a *erda é tanta que já ninguém consegue ver o céu dourado que nos prometiam, só se consegue cheirar o fedor que deitam de cada vez que abrem a boca.
Vê lá a pérola que deixei no meu blog... é só rir Joaquim, é só rir!

alf disse...

Eu pergunto-me como é possível que os níveis de desemprego se mantenham tão baixos.

Antigamente, para trabalhar bastava ter braços; mas esse tempo já acabou há muito nos paises civilizados e até vai acabando nos paises atrasados.

Mais de metade da população portuguesa tem uma quase total ausência de qualificação profissional. Uma boa percentagem tem ainda uma terrivel falta de "atitude" profissional.

Que actividade económica é esta que consegue absorver tanta gente sem qualificações e ainda deixar desempregada parte dos poucos que têm alguma?

A verdade é esta: a passagem para uma economia mais avançada não pode ser feita com uma grande parte da população portuguesa. Essa passagem implica um crescimento grande do desemprego, como aconteceu em Espanha.

Portanto é assim: ou fazemos uma evolução lenta e vamos mantendo o desemprego controlado, ou damos o salto e o desemprego dispara. Os Espanhóis escolheram a segunda opção e estão agora a recolher a recompensa. Não há milagres....

ablogando disse...

Alf:
Falta de atitude profissional, incluindo s de estudante. As gerações anteriores sabiam que somos um país pobre e que nos faltava tecnologia, o que queria dizer que éramos "atrasados" e ignorantes. As actuais, sabem vagamente que somos pobres, mas têm uma nova forma de analfabetismo chamada 12º ano que faz figura de se saber alguma coisa e a importação resolve perfeitamente a falta de acesso à tecnologia - e desde que não faltem os telemóveis...
Assim, é muito difícil ir a qualquer lado. Não se esqueça de que a industrialização de Espanha começou com o Franco.
Quanto à nossa conversa sobre a origem das nossas ideias, tem que aguardar mais uns dias.
Um abraço.

ablogando disse...

Indomável:
Não consigo entrar no teu blog, dá-me o endereço, pode ser que resolva o problema.

Patrícia Grade disse...

Joaquim, o endereço é incorrigivel-ratodebiblioteca.blogspot.com
vai ser um prazer receber-te... se trouxeres os bolinhos, sirvo-te um chá