23 julho 2007

Agora falando sério!


A sério, mesmo!
Eu estou totalmente de acordo com uma maior exigência no que diz respeito à formação dos professores do ensino secundário (e não só!). Exigência que, para começar, deveria partir dos próprios, pelo exercício normal da curiosidade e do desejo de (se) conhecerem. Sob este prisma, o Ministério da Educação teria como uma das suas principais tarefas possibilitar a frequência de acções de formação de diferentes tipos a desenvolver pelas universidades, que complementassem os esforços já desenvolvidos por cada um particularmente, e apenas isso. Os alunos beneficiariam assim dos únicos reais galvanizadores pedagógicos: a convicção e o entusiasmo do mestre, que saberia englobar os conhecimentos a leccionar em horizontes mais abrangentes e significativos.
Mas que peso tem sequer a perspectiva de pretender professores cada vez mais habilitados, numa escola onde os programas são cada vez menos aprofundados e os critérios de avaliação cada vez menos exigentes e rigorosos? Exigir maiores qualificações dos professores supõe pretender o mesmo em relação dos alunos na direcção do tal “novo país”. Ora é exactamente o contrário disso o que se passa! Os professores deverão estar altamente qualificados… para leccionarem matérias que qualquer aluno com o antigo 7º ano dos liceus ou o 12º ano de há uns tempos estaria mais do que habilitado para retransmitir e para avaliar a correspondente aprendizagem! E sem necessidade de ciências da tanga, perdão!, da educação…! Nem de computadores!
A sério, de novo: o que é que se anda por aí a maquinar? É que é demasiada estupidez para ser verdade.
Ou então, quem sabe?!, é mesmo estupidez. Sê-lo-á sempre, aliás.
Voltarei ainda a este assunto.

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