24 outubro 2008

Nem seria preciso dizer...


... como aquela personagem do Jô Soares, "tem pai que é cego...!". Havia coisas que saltavam à vista, a começar pela postura. E por aquela sanha denunciadora, também presente em casos semelhantes, mais ou menos mediáticos, bem como naqueles, anónimos, que tantos de nós conheceram ou conhecem.
Depois de, além disso, ter visto, dias atrás, pela primeira vez, a fotografia de Haider com a mulher, a notícia (via 31 da Armada) que surgiu em todos os órgãos de comunicação não me apanhou de surpresa.
A sério, só me impressiona a infelicidade que ia naquela cabeça, toda aquela inautenticidade e cobardia. O resto não tem qualquer interesse.

2 comentários:

Anónimo disse...

Assentemos nisto: Haider ser homossexual era mau, por ser de direita? Mas na esquerda cantante e não cantante não se tem pedido, incrementado, lutado, pela aceitação da homossexualidade?
Segundo ponto: também é já conhecido que Hitler era igualmente homossexual devido a distúrbios provocados pelo síndroma de Basedow. A sua "escolha" (apenas platónica?) era o general SS-polícia Reynhard Heydrich, daí os excessos que sempre lhe consentiu. E em Viena, no período de fome e dificuldades que viveu, ficara notória a sua ligação com um sargento-combatente, além de um colega de estudos que, como ele, tentou entrar para as Belas-Artes. E é sabido, desde as investigações do Prof. Georges Heidelmann, do MITT, haver uma relação muito forte entre autoritarismo e homofilia, que é em geral extremamente recalcada. (Adicionalmente, pode referir-se que a maior parte dos masoquistas são pessoas em sectores de mando: magistrados, altos financistas, sacerdotes, etc).
Portanto, ser homossexual é uma condição que toca todos os grupos sociais atingidos pela frustração interior.
E em todos eles deve ser consentida, ou então crie-se uma sociedade não traumatizante.

ADELINO VIEIRA MENDES, Peso da Régua

ablogando disse...

Caro Adelino Vieira Mendes:
"Portanto, ser homossexual é uma condição que toca todos os grupos sociais atingidos pela frustração interior."
O não significa, evidentemente, que a homossexualidade seja resultante dessa frustração ou, pelo menos, que seja ela a sua única origem. Além disso, estamos a falar somente da homossexualidade masculina, que é estruturalmente diferente da feminina, embora esta, por vezes, se apresente como sua simétrica.
A homossexualidade é, aliás, quanto a mim, um tema que tem tido um tratamento muito emaranhado. E apelar para a criação de sociedades não-traumatizantes é inútil se não se esclarecerem as coisas de vez. Porque algo não se torna normal, isto é, como reconhecidamente natural (como essencial ou como acidental)pelo facto de ser legalizado. À direita, à esquerda, ao centro...
Quanto às investigações do Prof. Heidelmann, desconheço onde vão, mas essa ligação já há muito foi detectada em sociedades de cultura bélica, masculina portanto.
Apareça mais vezes por aqui.