04 novembro 2009

Sem tirar nem pôr


Transcrevo a seguinte notícia dada pelo Sapo:
Lisboa, 04 Nov (Lusa) - O professor universitário Santana Castilho defendeu hoje a suspensão imediata do modelo de avaliação dos professores, que considerou "medíocre e humanamente desprezível", pelo que só pode ter como destino "o caixote do lixo".
"Isto não é matéria de opinião, são factos. O modelo de avaliação dos professores é medíocre e humanamente desprezível. É um instrumento que só pode ter uma solução: o caixote do lixo", defendeu Santana Castilho, que falava como orador convidado num debate sobre Educação organizado pelo PSD.
Para o docente universitário, o actual modelo de avaliação resulta de políticas elaboradas "por quem não sabe pensar a Educação" e por isso não é passível de ser melhorado.
"Medíocre" e "humanamente desprezível" são os termos exactos. Nada mais a acrescentar. Só quem, como diz Santana Castilho, não sabe pensar a Educação -ou não está interessado nela ou ainda quem desconhece o actual estado das coisas nas escolas (públicas, mas também nas privadas)- poderá afirmar algo diferente.
É urgente a redefinição e a reestruturação do ensino em Portugal, bem como o reposicionamento do papel e da actuação do professor dentro dele, além do estabelecimento do que se considere como o leque aceitável de características psicológicas, de conhecimento científico e de capacidade pedagógica que permitirão o início e a continuação da actividade docente.
Em paralelo, a definição de "aluno" é também extremamente importante. É porque ser-se aluno não constitui uma natureza, mas, tal como ser-se professor, uma conquista pessoal, voluntária, portanto, que se reforça e é reforçada ao nível dos direitos e deveres inerentes ao conceito de cidadania.

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