05 novembro 2009

Sempre igual a si mesmo, sempre sempre ao lado do povo


Acabei de ouvir a intervenção de Paulo Portas na Assembleia da República e a resposta que lhe foi dada pelo, de novo, primeiro-ministro. Apenas dois reparos:
- José Sócrates recusa-se a anular a avaliação dos professores feita este ano, dado que isso seria injusto para os docentes que obtiveram as classificações de Bom, de Muito Bom e de Excelente. Não lhe passou pela argumentação a possibilidade de que este sistema de avaliação possa, pelo seu grau de inadequação e arbitrariedade, vir a atribuir essas classificações precisamente a quem não as merece, criando uma outra situação de injustiça.
Isabel Alçada, entretanto, tomava notas, com um sorriso,
- Paulo Portas frisou que o aumento previsto de 1,25% para os reformados significa um aumento de 3 euros numa reforma de 243 e lembrou os oficiosos 15% de fraudes na atribuição do rendimento mínimo, para sugerir a distribuição do montante correspondente por essas mesmas reformas. Sócrates corrigiu-o: a percentagem, ripostou, é, na realidade, de 2%.
Foi pena que António Guterres não se encontrasse presente, para acrescentar, sem qualquer hesitação, que o aumento é, assim, não de 3 mas de 4,8 euros. O que constituiria motivo para que qualquer reformado eventualmente presente na AR não só lhe saltasse para o colo como, em sinal de reconhecimento e festejo de tal medida, avisasse no bar da Assembleia de que os seus primeiros 4, 8 euros se destinariam a custear um pequeno-almoço de José Sócrates.
É que isto, ou há moral ou comem todos.

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