03 novembro 2010

Para recomeçar...


... um texto que me foi enviado por Nicolau Saião, dias atrás:


CONSUMATUM EST

O "bom acordo", como diz Catroga, para o "mau orçamento", como dizem muitos cidadãos informados, foi assinado.

E Catroga saiu-se com esta, de acordo com as agencias noticiosas: "Podíamos ter evitado este espectáculo ao país". Quanto a isso, na Agencia Financeira, instado a comentar comentei da seguinte forma:
Catroga, com o devido respeito, é claramente um indivíduo com uma mentalidade pequeno-burguesa, que chama espectáculo àquilo que é normal numa sociedade democrática e civilizada: a discussão de e sobre algo que tem a ver com o Povo (o povinho, como estes barões usam chamar-lhe na sua privacidade, ou mesmo o povoléu se escavarmos mais um pouco na sua displicência para com quem lhe paga os ordenados e bastas vezes as prebendas).

O que tira a credibilidade aos políticos deste "pobre país", para citar mestre Aquilino ou o agudo Pulido Valente, é em primeiro lugar o Orçamento em si mesmo, com todas as caquexias que se lhe adivinham. Depois, ser proposto por um governo incompetente liderado por um premier manipulador, incoerente e claramente fantasista nas suas contradições (outros, que não eu, lhes chamariam mentirolas nefandas...). O que tira a credibilidade, ainda, é sentir-se que este centralão, liderado por um Coelho quando se precisava agora de um Leão, vai aprovar um documento nefasto, medíocre e que nada resolverá - por interesses partidários e não pelo interesse da Nação como um todo.

Dentro em breve, e gostaria de me enganar, se verificará que nada resolveu, nada melhorou, muito pelo contrário. E nessa altura o inefável Catroga e o simpático mas frouxo P. Coelho (e Cavaco!!) verão que ficaram reféns dum presente envenenado oferecido por um especialista em truques... orçamentistas. Será tarde para se arrependerem. O Povo lhes dará a recompensa: colocando-os ao lado do pitoresco Sócrates y sus muchachos, no descalabro em que o nosso homem anda, por se terem rendido.
Mais haveria a dizer, mas creio que basta, no que respeita ao assunto chineleiro em apreço.

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