12 dezembro 2010

Da riqueza da educação


A propósito da tabela do PISA - tão esfuziantemente propagandeada pelo sr. Primeiro-Ministro e saudada por tantos srs. deputados da Nação, sem que nem um nem outros estejam interessados em questionar os critérios em que ela se fundamenta -, escreve Vasco Pulido Valente no PÚBLICO de hoje:
"(...) Ao contrário do que julgam os políticos desta democracia em que vivemos, um país não é rico porque é educado, é educado porque é rico. E se fosse necessária uma prova irrecusável desse melancólico facto, bastava olhar para as taxas de "abandono" e de "repetência" e para o número crescente de infelizes que tiraram uma licenciatura, um mestrado ou até um doutoramento para transitar imediatamente para o desemprego. A educação vale numa economia que precisa dela e a pode usar, não vale (ou vale menos) numa economia de baixa tecnologia, persistentemente atrasada e subdesenvolvida. As crianças de 15 anos que treparam com mérito na tabela do PISA não garantiram um futuro melhor para si próprias, nem anunciam dias melhores para Portugal."

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