24 janeiro 2011

Diz-se - 3 (por e-mail)


"AGRADEÇO AOS PORTUGUESES TEREM DEVOLVIDO, COM O SEU VOTO, ALEGRE À LITERATURA!"

Foi o que, numa curta Declaração de 4 páginas o ex-comandante Tomás Figueira, secretário exponencial do Doutor José Jagodes, distribuiu à "comunicação social" ao princípio da manhã.

Nessas breves folhas, que os correspondentes internacionais se apressaram a despachar para as chancelarias e jornais a que estão alegadamente ligados, o ilustre pensador dizia seguidamente:

"Sim, o Povo mais uma vez mostrou a sua sensatez. E espera-se que os jovens companheiros do ex-Candidato coimbrão, Dr. Mário e Dr. Almereyda, lhe sigam as pisadas, o segundo devotando-se talvez a escrever as suas memórias, o primeiro sei lá não escrevendo mesmo nada".

E mais adiante: "Não sei se a Literatura agradecerá, mas nós em particular e eu, em geral, agradecemos de certeza".

Comentando o geral do Acto de ontem, com a sua proverbial bonomia, o Doutor Jagodes referiu com vivacidade: "Foi uma cerimónia bonita, apesar do frio, a que os Serviços cartográficos do ministério do cidadão ajudaram a conferir maior luzimento. Como se usa dizer, teve graça e não ofendeu e mostra que as tecnologias do nosso ainda em exercício Grande Timoneiro (passe o colorido da expressão) estão ali para as curvas".

No que respeita aos Candidatos em si e à maneira como se desenrascaram no decorrer da Campanha, José Jagodes foi peremptório: "Ganhou o País e ganharam eles, se me permite o trocadilho: o Francisco Silva ganhou como sempre...e não é preciso acrescentar mais nada; o Coelho mostrou o cartão vermelho (rima e é verdade) o Nobre afinal não levou o tiro, o que só por si foi uma vitória excelente, o Defensor...nem vale a pena dizer...não acham? e o Nosso Presidente atingiu as expectativas ao ficar defronte a 52 por cento de abstenções".

E quase a finalizar: "Eu gostaria, se ele me permite, de lhe deixar aqui umas achegas, simples sugestões, usando o meu direito de falar como português de lei que sou e só recentemente tem visto a sua correspondência com inquietantes sinais de...Mas adiante! E as sugestões são:

1. Não estar sempre a dizer aos portugueses que tenham calma. Olhe que eles não andam metidos pelo menos de momento, em escaramuças como na Tunísia. Diga isso antes ao Teixeira, ao Chefe ele mesmo e, já agora, ao Jesus Jorge para manter a linha entre as quatro linhas.

2. Como isto é uma República, com a sua magistratura de influência conseguir que nos apropriados lugares distritais, como referiu o Dr. Moiteiro, deixe de haver condes, marqueses e duques e, também, barões em geral nesse sector alegadamente.

3. Que os comentadores residentes deixem de ser, maioritariamente, políticos em exercício, ou ex-políticos (pois que esses ainda têm supostamente mais ronha...) o que cria um ambiente de repleção que já custa a aguentar.

4.Que se ligue um pouco mais à vontade do Povo, expressa até em votos, e não se use isso apenas para garantir que seguidamente se pode andar à-vontade na carruagem, creio que me faço entender".

Por último, o Doutor Jagodes escreveu mais uma ou duas coisas, mas a nossa natural timidez impede-nos de o reproduzirmos neste espaço.

Pel'O Gabinete Luso de Notícias (GLN)

Hortelino Trocaletra

1 comentário:

Anónimo disse...

a brincar a brincar, cara, o senhor vai dando nos de hábito sem jeito.

marina