10 setembro 2007

Dúvidas minhas


Na entrevista a que aludi ontem, dada pelo coordenador da comissão do livro escolar da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros e "representante daquela que é ainda é a maior editora escolar, a Porto Editora", Vasco Teixeira, o mesmo responde à pergunta "As movimentações no mundo editorial alteraram o terreno?", dizendo: "Temos concorrentes mais capazes, mais dinâmicos, mais fortes. Isso é bom. Acho que o engº Paes do Amaral [proprietário da Texto Editora e da ASA] se apercebeu de uma oportunidade de concentração que não existia. A Porto Editora deu o mote à concentração quando, em 2002-2003, comprou a Areal e a Lisboa Editora. Só não comprámos mais porque não é fácil sem ir à Autoridade da Concorrência, por causa da burocracia que implicava".
Para aqueles que desconheciam o facto, o engº Paes do Amaral decidiu recentemente investir no mercado livreiro escolar. O homem será suicida?

No primeiro dia em que foi noticiada a abertura de (salvo erro) duzentas e tal novas creches nos próximos anos, referiu-se o facto de o número das que já encerraram ser substancialmente superior, (salvo erro) trezentas e tal. Nos dois dias seguintes, já não ouvi nada.
Estarei a ensurdecer com a idade?

3 comentários:

RioDoiro disse...

Essa história das creches não implica uma espécie de nacionalização da coisa? O encerramento de creches privadas por públicas?

Jobs for (our) boys?

.

RioDoiro disse...

Há qualquer coisa de errada no eixo monopólio/economia de escala.

Há autoridades para controlar quem tenta dominar o mercado. O mercado é sistematicamente dominado por meia dúzia de mânfios que, claramente se entendem.

O governo 'negociou' recentemente qualquer coisa relacionada com a subida dos preços de 'manuais' escolares em função de uns milhões de livros inutilizados por causa do aborto TLEBS.

O mercado tem, como a natureza, leis duras. O estado (governos, Assembleia da República) legisla para serenar as consciências.

Parece até que as alta autoridades servem para permitir que se domine mais docemente.

A semana passada estive a ler um livro de português que foi da minha mãe, salvo erro do (agora) 6º, 7º(?) ano. Fiquei sem perceber que haveria de errado nele par não ser utilizado hoje (falta de imagens, de bonecos, de cores, de palermices eco-modernaças, paranoias 'inclusivas'?).

.

antonio ganhão disse...

Junta as duzentas creches aos seis novos hospitais... mas não leves muito a sério.