Num comentário a este meu post, Rio d’Oiro escreveu o seguinte:
Ao que lhe respondo:
Entre a ambiguidade interpretativa que a Constituição permite, a partida que jogam as forças políticas (incluindo o que de cultural existe no "parecer bem"), o papel que um PR pode desempenhar nesse contexto e o que, no caso de Cavaco Silva, ele a si próprio se permite, decorre a actual fase sinistra da vida política e social portuguesa.
Não acredito na possibilidade de um golpe de Estado mais ou menos violento (só se fosse como uma espécie de "balão de ensaio" para a Europa e creio que estamos muito longe disso), mas não descarto a de um outro, palaciano ou palaciano-constitucional, a breve ou médio prazo.
Só que, do meu ponto de vista, Cavaco Silva deveria ter sido bastante mais decidido na oposição ao Governo. Tempos atrás, teria tido essa oportunidade; não o fazendo, com o objectivo de esgotar de vez a credibilidade de Sócrates e do PS, deixou que a situação se degradasse, enredasse e complexificasse a um ponto que, neste momento, ele próprio se pode tornar facilmente vítima de tudo o que faça, em benefício daqueles cujo afastamento provocaria, creio eu, um suspiro de alívio generalizado e o apoio da maioria da população.
O cargo de Presidente da República exige, quanto a mim, uma visão política, uma firmeza e, sobretudo, uma coragem que Cavaco Silva não demonstrou até agora nessa sua função. O mesmo, aliás, se verificou enquanto foi primeiro-ministro, ao não se atrever a pôr travão ao descalabro que se verificou nas “aplicações” dos fundos recebidos da UE, preferindo demitir-se quando a situação se tornou insustentável. É nesse sentido que deve ser compreendido o que escrevi.
3 comentários:
Bom ano novo Joaquim.
Beijos
Caríssimos,
Aviso aos navegantes e navegantas,
Ao ver a foto desta mensagem, senti piedade e orei pelo senhor Cavaco Silva, candidato.
Pois, tudo o que o falecido tocava secava. Em qualquer buscador as palavras pé-frio e lula rendem algumas risadas.
Fotos mostram o falecido com Chaves e com Fidel e, no entanto, o primeiro aprofundou sua tirania e o segundo curou-se. É fato. Mas, deve-se atentar para o sujeito ativo com as celebridades no parágrafo anterior, e o sujeito passivo com esses outros.
Parece uma foto de promoção cinematográfica dos célebres Três Estarolas (Three Stooges).
Prefiro dizer antes que me parece a foto de 3 sem vergonha.
E sem a piada que tinham os originais.
Rubrigrosso
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