19 janeiro 2011

Outro dois em um, mas agora de Nicolau Saião

"EM CALÇAS PARDAS...

É onde - pelo que se sabe de há muito e que últimamente é corroborado pelos órgãos de informação nacionais e mesmo alguns de fora - estamos todos metidos. Leia-se: o povinho português, com excepção de alguns que, talvez por não serem povinho, escapam a tal triste destino.

Refiro-me, como decerto já perceberam pelo rodar da caneta, ao grau inimaginável de corrupção ética e moral em que desvairadas gentes do milieu (além da naturalidade do sistema) mergulharam o Sistema Judicial lusitano.

E, se a coisa ainda não rebentou pelas costuras da absoluta perversidade institucional, isso deve-se à acção digna de uma boa soma de magistrados íntegros e competentes - que felizmente ainda os há.

O último prego no caixão foi há um par de dias revelado pelo Observatório da Justiça, que certificou publicamente que e cito de memória, "em geral os tribunais põem-se sistematicamente do lado das seguradoras", de forma presumivelmente arbitrária e que, infere-se, "torcem" o bom julgamento e a equanimidade.

Já houvera os julgamentos de sabor político (para não dizer de outra forma mais dura), como por exemplo aquele em que um dos queixosos, num processo por difamação, teve de ouvir - ante o sorriso alvar de quem presidia ao...julgamento, que deixou passar a inquisitorial pergunta sem uma chamada justa de atenção - de ouvir, dizíamos, o patrono dos réus perguntar "Diga-me: o senhor é anarquista?" (não era, era autarca; e valha-nos que não lhe foi inquirido se era homossexual ou judeu, preto se via que não era); agora, baixando o nível, parece haver os de sabor económico...

O que se seguirá? Repressão por parte das forças de segurança, como sucedeu nos tempos cavaquistas e parece estar a voltar nestes tempos socráticos?

Processos de intenção, tentativas de intimidação - esses sempre se têm feito e já quase não se nota.

O que aliás é ilegal, mas natural neste país onde os arrivistas tomaram por enquanto conta da loja.

Para refrescar algumas ideias, sugiro-vos a leitura disto. Nos tempos que correm é bom estar-se a pau...Bom apetite!"

1 comentário:

Anónimo disse...

Um homem que os tem no sítio e que não se intimida. Sei que na terra onde mora o têm tentado liquidar. Mas também cá tem muitos amigos e fãs.
Manuel Meira