02 março 2011

Uma tarde de sábado bem passada


Subitamente, a ONU descobre que, na Líbia, não se respeita os Direitos Humanos.
Convoca, num alvoroço acentuado pelo horror prodigamente espalhado no oficial semblante, uma Assembleia Extraordinária para demitir o país - presidido por essa mistura improvável de Michael Jackson com Augusto Pinochet conhecida por Kadhafi - do Conselho dos Direitos Humanos. Para o qual foi nomeado, como se sabe, na honrosa companhia de outros dignos colossos da especialidade, como Cuba e o Irão. Os quais, como também é sabido, se mantêm por mérito próprio nas funções que lhe foram atribuídas de zelarem pela limpeza do mundo, dada eficácia demonstrada dentro das suas próprias fronteiras. E que, como seria de esperar, se afadigam em inúmeras e veementes condenações ao arqui-inimigo da Humanidade, Israel; além de, evidentemente, haverem já condenado Israel e terem em vista, num futuro próximo, virem a condenar também Israel.
Claro que, como seria de prever, a Venezuela - à qual Hugo Chavez, a quem nem Juan Carlos fez calar, ensinou a falar - não se cala. E que Alice mergulha ainda um pouco mais profundamente no sono.

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