26 outubro 2010

Islamismo, Ocidente e Liberdade - 3

A propósito dos dois posts anteriores, deixo mais este texto que Nicolau Saião me enviou, dias atrás:

Estudo da Fundação Friedrich Ebert

Xenofobia e anti-islamismo em crescendo “muito significativo” na Alemanha http://www.publico.pt/includes/img/vazio.gif

A atitude negativa na Alemanha em relação aos cidadãos estrangeiros a residirem no país aumentou drasticamente, com um terço dos alemães a defenderem a repatriação e mais de metade (58,4 por cento) a manifestarem-se favoráveis a restrições à prática do islão.

Estas tendências, reveladas no estudo “Crise na Alemanha Média”, publicado ontem pela Fundação Friedrich Ebert (com ligações ao Partido Social Democrata, na oposição), passam ainda por 55,4 por cento dos inquiridos a dizerem “compreender que os árabes sejam vistos por algumas pessoas como sendo desagradáveis”. In PÚBLICO

Nota do autor do post - No final, o estudo acha mal esta reacção dos cidadãos alemães. Claro…

Mas, meus caros concidadãos

O truque, ei-lo!

Este estudo é transparente. Basta sabermos ler com alguma argúcia. Ele diz que cresce, e cito, o anti-islamismo. E eu diria: e daí? Não se pode ser anti-islamita? Mesmo que seja pelas melhores e mais justas razões?

Porque, vejamos, se o anti-islamismo cresce, isso é devido aos anticorpos que o fanatismo islâmico, ora brutal ora habilidoso e falsamente "moderado", está a despertar. E isso, o estudo branqueia discretamente, preferindo dizer que se deve a causas económicas.

Trata-se de um truque. Pró-islamita. Simplesmente. O cerne da questão assenta, digamo-lo sem medo das palavras, nisto: o desejo do Islão de domínio mundial. E nem o ocultam já. Mas certo Ocidente acha bem, desde que seja sem violência...

E temos de dizer sem medo: com ou sem violência, não queremos isso. Aqui é que bate o ponto.

Viva a liberdade e a Democracia, em todo o lado!

ns

8 comentários:

Santalmo de Arantes disse...

Ao Estimado Nicolau Saião,

Conhecemo-nos e muito o admiro pela sua biblioteca mas sobretudo pelo seu capital humano.

No que toca a este tema que abordámos recentemente, eu considero-me um excessivo cuidadoso que gosta e aprecia a cultura de diálogo. Mas, verdade seja dita, chegamos a um ponto em que a Diplomacia já não resolve. Jamais legitimaria o fundamentalismo islâmico cujos regimes religioso e político se confundem, mas vejamos que esses fundamentalistas querem impor esse regime ao Ocidente da mesma forma que o Ocidente tem querido impor a sua cultura democrática e capitalista a países do Oriente. Falo da intervenção dos E.U.A. em países como o Afeganistão ou Iraque. E então, só porque se trata do "nosso" imperialismo cultural (como foi dito num post anterior) podemos impô-lo? De resto, como dissera o dinamarquês Kurt Westergaard, deve ser promovido um "islamismo light" (se é que ele existe) garantindo um multiculturalismo semeado pelo respeito.

Cordiais saudações e um abraço!

Sandra disse...

Caro Joaquim Simões,

Para colocar de lado a campanha eleitoral presidencial promovida por Lula a pelo menos dois anos no Brasil, ocupo-me com este vosso assunto, especialmente à vista de algumas mulheres fantasiadas de muçulmanas que surgiram no meu cotidiano na farmácia, no supermercado, etc., além de notícias como estas:

- Na semana passada, Juan Williams foi demitido da NPR - tv pública nos EUA - porque não corresponde à sua linha editorial, cuja CEO, Vivian Schiller, recomendou-lhe um psiquiatra. Tudo por causa de um comentário no programa de O'Reilly Factor-Foxnews sobre seu medo ao ver um muçulmano fantasiado dentro de um aeroplano.

- Sandro Magister postou em seu blog algumas omissões [censura?] num discurso de um bispo publicado oficialmente no Boletim [da Sala de Imprensa da Santa Sé] italiano nº 21, de 21 de outubro. Em português conheci o texto no site Fratres in unum. Entre as dificuldades para o diálogo entre as duas religiões, esse bispo libanês reporta que "O Corão permite aos muçulmanos esconder do cristão a verdade e falar e agir em contraste com o que pensa e crê.". Ou seja, eles podem mentir à vontade.

Assim como mentem esse grupelho denominado de artistas.

E onde eu poderei dizer: "... sem medo: com ou sem violência, não queremos isso"??

Mas, o truque mesmo são os católicos continuarem a se instruir com Rousseau e Kant, ao invés das encíclicas papais, por exemplo Leão XIII e São Pio X, além de exercitar a razão com Santo Tomás de Aquino, penso eu.

O truque é mental como um virus que deixou-nos apatetados.

Por fim, eu canto convosco: Viva a liberdade, em todo o lado!

Mas, também, Viva a desigualdade que nos faz tão interessantes!

Anónimo disse...

No islam, maomé assassinou Deus e deixou o diabo à solta.
Isto é literalmente verdade e já foi confirmado pelos muçulmanos mais importantes.
Em verdade só fora do islam, para os religiosos Deus e para os ateus o humanismo, podem existir e serem fontes e garante de vida.

Anónimo disse...

Ao confrade Santalmo de Arantes: cordialmente, no mesmo espírito, lhe respondo. E é assim então: os EUA não são too o Ocidente. Depois, pela sua própria etimologia, o mundo democrático não quer impor a democracia, apenas cria condições ou proposições para que ela exista. De preferencia, de maneira excelente, embora as sociedades mantidas arcaicas e reaccionárias lhe sejam avessas porque não serve os interesses dos seus chefes geralmente autoritários. Não é verdade que os fundamentalismos queiram impor o regime deles "da mesma forma" que o do ocidente democrático. Eles querem impô-lo à bomba, através do terror e da extinção, como eles próprios afirmam. No Corão é dito que se os de cá se converterem, muito bem; se não se converterem, então devem ser ou obrigados ou exterminados.
A DIFERENÇA ASSENTA NISTO.
Não se pode colocar o caso Iraque e Afeganistão como um acto global. Independentemente das circunstancias, e haveria que analisá-las, esses factos são da política estrita, ao passo que a arrancada islâmica está INSCRITA NUM CREDO (totalitário).
E, por último, deve dizer-se que diálogo não significa cedencia a habilidades pseudo-multiculturalistas, que não passam de estratégias de domínio. É neste truque pouco limpo que não devemos embarcar. No ocidente eles podem praticar e difundir. Lá, o ocidental que o faça no mínimo é preso.
A nossa tolerancia não deve servir para nos EXIGIREM domínio. Finalmente: levámos centenas de anos para nos libertarmos do fanatismo "cristão". Porque teremos agora, com o pretexto "multiculturalista", de nos vergarmos ao fanatismo islâmico travestido? O multiculturalismo é bom e respeitável quando não é agit-prop ou táctica para melhor subverter o Outro.

Cordialmente, ns

Anónimo disse...

Os valores do chamado multiculturalismo têm de ver-se em coisas bem materiais, pois como disse Albert Einstein "O progresso e as ideias justas medem-se pela felicidade que trazem". Concretizando, que valores de guardar são os de uma "civilização" que preceitua o espancamento permitido e aconselhado de mulheres e mesmo a sua lapidação por motivos que quando muito lhes acarretaria multas? Que valor é o de uma "religião" que nos seus postulados implica o dogma da sujeição absoluta e sem discussão a um livro dito sagrado? Que valores são os de uma sociedade que, mercê da sua filosofia e prática quotidiana gerou miséria, pobreza e fanatismo nos cidadãos vulgares, deixando o luxo e as possibilidades de práticas qualificadas (arquitectura, música, etc) para os dirigentes e possidentes? São esses os "valores" que propõem??! E impõem que os aceitemos? A que título?
O problema consiste nesta tentativa de ilusionismo: com o pretexto do "multiculturalismo" tentam dar foros de legitimidade a actos que são ou de abuso sobre as pessoas (caso da excisão, do espancamento e submissão femininas, repressão mental e intelectual como por exemplo contra os filósofos e sábios sufis, exigencia de privilégios abusivos, etc). Não somos nós que emigramos para lá, são eles que emigram para cá. Então porque é que temos NÓS de nos submeter e adaptar aos conceitos e costumes DELES?
Só não percebe quem não quer. A diversidade só existe sãmente se implicar a tolerancia mútua DE VALORES e não de preconceitos induzidos por fanatismos ou crimes explícitos ou impressos. Porque é que eu tenho de tolerar, sob pena de ser chamado xenófobo, que um islamita proiba que a minha esposa ou namorada ande de bikini ou de mini-saia,vá sózinha a uma galeria de arte ou um cinema, estude o que achar por bem ou leia o que entender, como já se tentou fazer em Lisboa(em Lisboa!!! sublinho). E nem falo das exigencias absurdas no estrangeiro. É conhecido o panorama. É apenas ESTRATÉGIA DE CONQUISTA, apoiada pelos que, não podendo vencer através do totalitarismo marxiano ou staliniano, querem agora que estes lhes façam o trabalho sujo.
E põem um ar muito seráfico ou "democrático", para fazer passar melhor a impostura.
Digamos um NÃO rotundo, sem complexos e sem medo!

Paulo Burmester

Santelmo de Arantes disse...

Em resposta a Nicolau Saião:

Compreendo perfeitamente a sua óptica, apesar de a considerar pouco tolerante mas, ainda assim, compreensiva dado os recentes episódios motivados pelo fanatismo islâmico. No entanto, o que pretendia enfatizar era precisamente a resposta que tem sido dada nos últimos tempos a esta problemática. Já aqui se abordou o célebre "cartoon" que ridicularizava o profeta Maomé. Eu, por outro lado, opto por destacar as recentes atitudes que a França tem tomado como a proibição do uso da burca. Este é, quanto a mim, não apenas um acto de evidente discriminação como também de desrespeito pela liberdade individual de cada um. Acredito que compreende o que pretendo transmitir. Sim, todo e qualquer fanatismo seja ele o Islão ou outro qualquer é anti-democrático, mas respostas como aquela que a França deu, não me parecem, de todo, as mais sensatas e MUITO MENOS adequadas ao princípio universal que a própria França proclamou aquando da Revolução Francesa: Liberdade!

Anónimo disse...

Caro Santalmo:
O uso da burka não é um acto de liberdade mas sim de imposição. Em que é que a burka, cuja mesma imposição resulta de uma atitude de opressão e, no limite, de disfunção sexual de quem a exige,benificia a mulher?
Achar-se que o uso da burka é um direito individual é o equivalente a achar-se que os espancamentos instituídos e preceituados (pelo "multiculturalismo" desses cavalheiros...) também o são.
Por último, o que se visava ao reinvidicar a imposição em França por parte dos dirigentes islâmicos, da cobridura, era criar ghetos de privilégio específico. Assim como o que tentaram fazer OS BRANCOS INGLESES (pois o fanatismo está bem distribuído...) há anos, reivindicando o direito ao jogo chamado "lançamento do anão", em que os concorrentes lançavam plo ar um anão (pago, creio eu)que se prestasse a isso o mais longe possível. E que era jogo praticado tradicionalmente - e não preciso de salientar que provinha dum claro abuso ancião.
Finalmente, referir que se captaram declarações em que apaniguados terroristas acharam que o uso da burka lhes permitia belas estratégias...
Creio, e digo-o com simpatia mas firmeza, que o Santalmo de Arantes está - com as melhores intenções, acredito - a ser "levado" pela intensa propaganda massiva dos grupos "políticamente correctos" que actuam junto dos portugueses.
Não se iluda, creia que elas se estão rentando para a liberdade. Se deseja liberdade, e isso é óptimo, creia que não é neles que a irá encontrar.
ABRAÇO DO NS

Anónimo disse...

Ridicularizar o profeta Maomé? Ora, ora...Os caricaturistas até foram muito brandos, pois os crimes cometidos em nome e com o apoio da doutrina do Maomé merecia muito mais.
Corresponde à verdade, portanto não é ridicularizar é dizer a verdade de forma irónica. Que respeito merece uma fé que se serve do assassínio como sistema? E não estamos na Idade Média, não há a desculpa do atraso histórico.

Lupe