11 março 2011

Em complemento ao que acabei de escrever...


... um e-mail fresquinho de Nicolau Saião:

Caros/as confrades

Não tenho grande admiração pelos eventuais próceres-intervenientes da chamada manifestação da Geração à Rasca. Não porque seja impermeável aos seus problemas, mas porque penso que este protesto de agora, com algum figurino de moda habitual em Portugal, de alfacinhismo crítico típico (interactividades, etc, sempre com um tom de provincianismo disfarçado de capital e paisagem...) finge ignorar que essa mesma juventude andou muito tempo a fazer orelhas moucas aos avisos que lhes chegavam de muitos lados - porque claramente pensavam que as barbas nunca lhes chegariam a arder.

Como usa dizer-se, agora é que lhes chegaram os quereres...

Dito isto, tenho no entanto de dizer que o que nos chega pelos mídias, badalado de maneira tão típica em regimes para-autoritários e que só surpreende quem não tenha nenhuns conhecimentos mesmo de contra-informação, deixa entender-se que o País está cada vez mais a mergulhar no cinismo incompetente que, a breve trecho, deverá descambar na repressão pura e simples.

O cavaquismo ficou manchado pela repressão contra os buzinadores da Ponte (lembram-se?) o socratismo que agora ergue no ar a cabecinha de esdrúxula centopeia fica-lo-á, decerto, pela atitude para com a manifestação em causa - enquanto não chegam quiçá piores dias e mais bravas acções.

É de uma sordidez muito considerável vir trombetar-se nos mídias e nenhuns serviços de segurança secreta, realmente competentes, deixaria que isto se badalasse assim, excepto se a intenção for mesmo intimidar e não os presuntivos grupelhos de extremas esquerdas ou direitas, meros fantasminhas entre nós, mas sim os propugnadores pacíficos et pour cause da dita Geração.

Com efeito, num Estado verdadeiramente bem policiado e sem vezos autoritários, nunca seria necessário porem-se em erecção serviços secretos. A simples actuação, firme e democrática, da Polícia de Segurança Pública bastaria!

Os serviços secretos devem, sim, ser lançados contra associações terroristas, fideístas ou não, nunca contra rapaziada à rasca.

De contrário, podemos de facto pensar, e espero que ainda escrever sem ameaças ou novas típicas intimidações, que como o mouro recém-convertido estão a fazer muito barulho por pouco toucinho.

Mas talvez a intenção seja essa. E isso é que é democraticamente de lamentar.

O abrqs e o bjh do

n.

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem Nicolau, somos patuscos ou quê? Os monos do desgoverno não é os gaiatos que querem assustar, é a nós todos.
Pensam que somos bimbos?

ZéTonho

Anónimo disse...

A manifestação de hoje seja-se de que orientação ideológica se fôr, mostra que as pessoas estão fartas do mentiroso Sócrates e da sua pandilha maçónica negra e já não se contentam com as conversinhas moles do engenheiro presuntivo e dos capangas como o malhador. Se tivesse vergonha o animal feroz político que agora é só um animal mansinho demitia-se. Mas o que o faz correr é saber que no momento em que já não tenha norgonhas que lhe safem o couro vai malhar com os ossos na cholra.
E diz que nos compreende o hipócrita, mas nós não queremos a tua compreensão queremos é que te vás embora. Ainda não percebeste fazedor de palheiros? E leva a tralha contigo os serviços secretos não te vão safar.

Jovem Revoltado