23 março 2011

O massacre


Neste momento, rejeitado o PEC IV, José Sócrates dirige-se para o Palácio de Belém, onde, supõe-se, apresentará a sua demissão a Cavaco Silva (como, muito provavelmente, planeara já, admitindo que tudo isto não haja sido produto da sua inegável estupidez arrogante). Só que Cavaco tem, como eu disse aqui, logo após a sua reeleição, a faca e o queijo na mão. Entre outras coisas, detém poderes que lhe permitem não aceitar essa demissão, reconduzindo-o no cargo. O que constituiria uma vingança do mais refinado e terrível que se poderia imaginar.
Pior do que um "entalanço", seria um verdadeiro massacre.

4 comentários:

Nausícaa, São Paulo, Brasil disse...

Já respira o vinho que eu tinha à mão - dada a emergência - à frente do monitor conectado à RTP para ouvir e ver o massacrado.

Diversão garantida. Quando estou só - marido em viagem - os portugueses nunca me decepcionam com novidades.

Anónimo disse...

Sim, era um golpe de mestre, e muito apropriado. Mas era se ele fosse um De Gaulle, um Churchill. E ele sendo um bom homem, sério como João das Regras, é apenas um algarvio que chegou alto...continua estruturalmente a ser o talentoso filho do gasolineiro.
Esse o nosso drama!

J.Carrapato

ablogando disse...

Nausícaa:

Portugal (e o mundo) faz jus àquela tirada do Robert Anton Wilson: «Se, ao acordares, não disseres todos os dias:"Isto está cada vez mais divertido, é porque estás doente."

ablogando disse...

J. Carrapato:

O nosso drama são muitos, mais do que desejaríamos...